Ainda pretendo
escrever sobre as historias e episódios que meu babalorixá conta, a partir de
sua vivência e convivência de mais de meio século dedicado a religiosidade de
matriz africana, em especial, ao batuque, no Rio Grande do Sul, nação Cabinda.
A forma peculiar
como ele repassa conhecimento através de sua fala humorada cativa as pessoas de
todas as idades. Ele tem um jargão inconfundível – ‘’EU VI, EU ESTAVA LÁ’’-
quando se refere a episódios e passagens místicas que envolvem os orixás tanto
da casa do seu Baba , Romário de Almeida, Romário de Oxalá Jobocum Onifã,
quanto dos terreiros antigos cuja maioria dos dirigentes já se
reintegraram ao barro mítico da Criação.
Pai Enio, Enio
Souza Conceição, Enio de Oxum, é uma enciclopédia viva do batuque no Rio Grande
do Sul, em especial da nação Cabinda. Arredio aos encontros e debates, mas
acolhedor sempre que alguém o procura para obter dados a respeito da religião.
Costuma dizer que o batuque não se aprende nos livros, - é preciso vivenciá-lo
no cotidiano.
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