quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meu Babalorixá



                              

                                                           
Ainda pretendo escrever sobre as historias e episódios que meu babalorixá conta, a partir de sua vivência e convivência de mais de meio século dedicado a religiosidade de matriz africana, em especial, ao batuque, no Rio Grande do Sul, nação Cabinda.
A forma peculiar como ele repassa conhecimento através de sua fala humorada cativa as pessoas de todas as idades. Ele tem um jargão inconfundível – ‘’EU VI, EU ESTAVA LÁ’’- quando se refere a episódios e passagens místicas que envolvem os orixás tanto da casa do seu Baba  , Romário de Almeida, Romário de Oxalá Jobocum Onifã, quanto dos terreiros antigos cuja maioria dos dirigentes já se reintegraram  ao barro mítico da Criação.
Pai Enio, Enio Souza Conceição, Enio de Oxum, é uma enciclopédia viva do batuque no Rio Grande do Sul, em especial da nação Cabinda. Arredio aos encontros e debates, mas acolhedor sempre que alguém o procura para obter dados a respeito da religião. Costuma dizer que o batuque não se aprende nos livros, - é preciso vivenciá-lo no cotidiano.

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