quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Será difícel não lembrar...

Eu o levava para escola e quando perguntava-lhe: o que queres ser quando cresceres, ele respodia: batuqueiro. Ele tinha apenas cinco anos... Já sabia para o que veio ao Mundo. Aquele menino, aos nove anos, deixou de ser coroinha e iniciou-se no Batuque, na casa de Pai Romário. Aos quinze anos iniciou sua primeira filha de santo, por questão de saúde, minha mãe: a Tia Tuly.  Cuidou dela numa troca afetiva maior do que com sua própria mãe. Ela é a mãe dele... Ele foi o Pai de santo e zelou por ela incondicionalmente e ela o respeitou como seu Baba durante toda vida, sem nunca questionar as suas decisões religiosas...E ele a respeitava como um filho deve respeitar sua mãe. Muito mais do que alguns jovens, de hoje em dia, que desconhecem a verdadeira hierarquia africana que se dá através da troca e do respeito pelo sagrado , sem profanar a lei natural dos laços consanguíneos. Que Oxum te dê força para suportar mais esta perda, minha mãe, mulher guerreira , amada de todos e insubstituível. E não esqueça o que ele dizia; "Tia Tuly, tu não podes morrer..."

Um comentário:

  1. Querida,

    Te Amo!

    Força e Fé!

    Força para todos vocês, todas vocês...

    TE AMO!

    Diminuiu um pouco a chuva aqui em Salvador. Beijo nas Meninas, na Vó, na Tia, na Eneida, em ti...

    Carinho e respeito por todas, por Tudo.

    TE AMO.

    FORÇA E FÉ!

    Mar és Rio! Rio és Mar, Chuvas são águas. Água... Águas... o insubstituível.

    TE AMO!

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