Por Sandrali de Campos Bueno
Crespos te quero lisos,
Mas se lisos me perco em guizos,
Sonoridade de
reflexos em pisos.
Lisos te quero
crespos,
Mas se crespos
me vejo em arremessos
De contas,
pedras e colares,
Lançados de
muitos lugares.
Lisos, cadê os crespos?
Crespos se tornaram lisos
Pela imposição
dos meus tropeços
Nas peripécias
dos meus juízos
Desencontrados dos prejuízos
Causados pelos apegos.
Lisos te quero crespos
Pois se lisos
me encrespo
Na lisura e nos
adereços
Que de mim não fazem apreço
Por estranharem tantos pesares.
Crespos te reencontrei libertos,
Por entre lenços e turbantes saíram
Dos caminhos dantes abertos
Por afagos, sorrisos e olhares
Das mulheres que me pariram.
30/10/2014
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