Por Sandrali de Campos Bueno
Uma homenagem ao meu mano Nilson Souza de Campos.
*14/03/54
+08/11/14
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A morte é o entardecer da vida: é ver o sol sumindo, no espelho da lagoa, na ilusão da certeza de não mais alvorecer.
A vida é o alvorecer da morte: é ver o sol surgindo, por detrás do monte, na realidade da incerteza de outro entardecer.
A morte é presença viva na vida de quem nasce: é ter o sorriso consolado pela ausência da tua presença.
A vida é ausência mortal na morte de quem renasce: é ter o choro acalentado pela presença da tua ausência.
A morte me traz certeza de que amanhã será desapego: é o futuro desassossegando o presente do passado.
A vida me faz crer na incerteza de que hoje tenho o sossego: é o presente desapegando o futuro do presente.
A morte é a crença na chegada da parada do viver: é o horizonte se transformando em um único ponto final.
A vida é a descrença na partida da corrida do morrer: é um ponto final se permutando em uma infinita linha de horizonte.
A vida é ausência mortal na morte de quem renasce: é ter o choro acalentado pela presença da tua ausência.
A morte me traz certeza de que amanhã será desapego: é o futuro desassossegando o presente do passado.
A vida me faz crer na incerteza de que hoje tenho o sossego: é o presente desapegando o futuro do presente.
A morte é a crença na chegada da parada do viver: é o horizonte se transformando em um único ponto final.
A vida é a descrença na partida da corrida do morrer: é um ponto final se permutando em uma infinita linha de horizonte.
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