Por Sandrali de Campos Bueno
Ser
mulher e atuar no campo político é um desafio gigantesco. Ser mulher, negra, de
esquerda, atuando na política é um desafio ainda maior. Durante este processo
eleitoral, fomos capazes de verificar, mais uma vez, a grande necessidade de
construir cada vez mais figuras públicas femininas e negras que sejam
porta-vozes das nossas demandas. Contudo essa construção é árdua e só é
possível na coletividade, pois lidamos com as adversidades de carregar essas
pautas em um país marcado por todos os tipos de conservadorismos e resistências
ao avanço das mulheres.
Essas características se verificam quando percebemos que o deputado federal mais votado em nosso estado está na contramão de todos aqueles que defendemos e de toda a política que entendemos como necessária para a construção de uma sociedade radicalmente igualitária. Um homem, branco, representante dos setores mais reacionários do estrato social gaúcho. Um homem que não hesita em promover um discurso de ódio aos quilombolas, indígenas, sem-terra, gays e lésbicas. Um homem que não se arrepende de proferir, em espaços públicos, opiniões preconceituosas que incitam cada vez mais o sem fim de ataques à vida e aos direitos dos negros, negras, mulheres, lgbt´s e povos originários.
Os números de votos destinados para deputados de direita, com discursos altamente reacionários, exigem que tenhamos uma mudança de postura dentro dos movimentos sociais e dos partidos políticos de esquerda. Exigem que passamos a refletir sobre a forma que, muitas vezes, colocamos pessoalidades acima da construção política e das possibilidades concretas de avanço e consolidação daqueles e daquelas que vocalizam nossas pautas. Exigem o fortalecimento do combate aos discursos e práticas sexistas, racistas, homofóbicas, de forma intransigente e incansável. Exigem a soma dos nossos esforços em ampliar cada vez mais as fileiras de lutadores e lutadores pela radicalização dos direitos de todos. Exigem que sejamos mais nós para desatarmos nós.
A luta segue, no cotidiano, contra nossos inimigos comuns e cada vez menos contra nós mesmos.
Saudações para quem tem coragem, fibra e garra. Saudações para a ancestralidade, saudações para quem não cansa de lutar.
Essas características se verificam quando percebemos que o deputado federal mais votado em nosso estado está na contramão de todos aqueles que defendemos e de toda a política que entendemos como necessária para a construção de uma sociedade radicalmente igualitária. Um homem, branco, representante dos setores mais reacionários do estrato social gaúcho. Um homem que não hesita em promover um discurso de ódio aos quilombolas, indígenas, sem-terra, gays e lésbicas. Um homem que não se arrepende de proferir, em espaços públicos, opiniões preconceituosas que incitam cada vez mais o sem fim de ataques à vida e aos direitos dos negros, negras, mulheres, lgbt´s e povos originários.
Os números de votos destinados para deputados de direita, com discursos altamente reacionários, exigem que tenhamos uma mudança de postura dentro dos movimentos sociais e dos partidos políticos de esquerda. Exigem que passamos a refletir sobre a forma que, muitas vezes, colocamos pessoalidades acima da construção política e das possibilidades concretas de avanço e consolidação daqueles e daquelas que vocalizam nossas pautas. Exigem o fortalecimento do combate aos discursos e práticas sexistas, racistas, homofóbicas, de forma intransigente e incansável. Exigem a soma dos nossos esforços em ampliar cada vez mais as fileiras de lutadores e lutadores pela radicalização dos direitos de todos. Exigem que sejamos mais nós para desatarmos nós.
A luta segue, no cotidiano, contra nossos inimigos comuns e cada vez menos contra nós mesmos.
Saudações para quem tem coragem, fibra e garra. Saudações para a ancestralidade, saudações para quem não cansa de lutar.
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