RELATÓRIO
CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA DE PRÁTICAS DA CULTURA DE
PAZ
PELA PROMOÇAO DA SAÚDE DO SERVIDOR E DA SERVIDORA
DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Porto
Alegre, abril de 2013
INTRODUÇÃO
O
Grupo de Trabalho - GT, designado pela presidente da Fundação de Atendimento
Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul - FASE/RS, Joelza Mesquita Pires, através
da PORTARIA 160/2012 – Presidência e constituído por Dina Prytula Greco Soares,
matrícula 3586.5 e Loiva Terezinha Losso, matrícula 2337.4, respectivamente,
psicóloga e assistente social do Serviço de Saúde do Trabalhador – SEST;
Eremita Gouvêa de Souza, matrícula 0060.4, técnica em educação e chefe do
Núcleo de Egressos; Lizelda Peniza Bravo Cassales, matrícula 2396.0, psicóloga do Núcleo de Provimento e Relações
de Trabalho – NPRT; Luis Francisco Oliveira da Silva, matrícula 7065.6,
assessor de comunicação social; Marlene Batista Ramos, matrícula 7077.1,
assessora da Diretoria de Qualificação Profissional e Cidadania – DQPC; Rogério
Moller dos Santos, matrícula 4216.8, agente sócioeducador, lotado no Núcleo de
Egressos; teve como tarefa, no prazo de doze meses, estudar, elaborar e propor
o Programa de Cultura de Paz, a ser desenvolvido na FASE/RS. A coordenação do
GT coube à servidora Sandrali de Campos Bueno, matrícula 073.7, psicóloga do
NPRT.
A
partir desta nomeação, os servidores e servidoras integrantes do GT acumularam,
além das atribuições inerentes ao exercício da função de cada um(a), o
designado na referida Portaria. Diante disso, foi necessária a definição de um
cronograma de reuniões, de modo a equacionar a sobrecarga de trabalho diante
desta tarefa e das demandas oriundas do cotidiano institucional.
O GT
definiu sua estratégia de atuação através de uma postura de acolhimento a toda
e qualquer contribuição teórica e/ou prática que viesse ao encontro dos
princípios que norteiam o MOVIMENTO PELA PAZ MUNDIAL. Partindo deste
posicionamento, o GT estabeleceu a diferença entre estudar, elaborar e
propor o Programa de Cultura de Paz a
ser desenvolvido na FASE/RS e a execução de ações demandadas em situações
de crise institucional (eventos desestabilizadores, conflitos, motins, rebeliões, etc.). Diante destes
pressupostos metodológicos e considerando o papel formalmente atribuído ao GT,
durante todo processo de construção do Programa de Cultura de Paz na FASE/RS, o
grupo procurou manter o foco nesta elaboração para que as mudanças na cultura
institucional pudessem ocorrer de forma gradativa, consistente e duradoura.
I. APRESENTAÇÃO
Considerando
a reunião realizada no dia 21 de janeiro de 2013, convocada pela Presidente da
FASE/RS, bem como a nova designação na coordenação do trabalho, entendemos ser
importante elaborar o relatório final que contempla o material produzido até a
presente data, dando conta do proposto na Portaria de designação do GT.
O
presente relatório descreve o processo de
estruturação do Programa de
Práticas de Construção da Cultura de Paz pela Promoção da Saúde do Servidor e
da Servidora da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo – Programa Cultura de
Paz e Saúde-FASE/RS, que foi adquirindo, durante o seu desenvolvimento, o
formato de elaboração coletiva na busca de novos paradigmas nas relações de
trabalho e promoção de saúde.
O material produzido durante
este período encontra-se anexado, possibilitando a compreensão das etapas e das
ferramentas metodológicas utilizadas, bem como a dinâmica na configuração e
definição dos princípios e diretrizes do Programa.
A conclusão do estudo,
elaboração e proposição do Programa Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS representa o acumulo das ações realizadas durante o
período de dez (10) meses, (março a dezembro de 2012), no qual se estabeleceu
uma metodologia participativa em que a teoria foi se consubstanciando a partir
das discussões, das estratégias e da vivencia do cotidiano institucional.
O
período de elaboração deste relatório foi de 22 de janeiro a 22 de março de
2013, tendo sido redigido e organizado pelas psicólogas Dina Prytula Greco
Soares, Lizelda Peniza Bravo Cassales e Sandrali de Campos Bueno.
II. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Apresentar a proposta construída
pelo Grupo de Trabalho - GT Cultura de Paz , conforme Portaria 160/2012 –
Presidência, de 19 de abril de 2012.
2.2 Objetivos Específicos:
➢
Descrever o processo de construção do Programa Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS;
➢
Propor o Programa
Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS;
➢
Anexar o material elaborado pelo GT Cultura de
Paz, no período de março a dezembro de 2012;
➢
Formalizar a conclusão do estudo, elaboração e
proposição do Programa de Cultura de Paz, através da entrega deste Relatório e
do material audiovisual (apresentação em slides), à Presidente da FASE/RS.
III. OBJETO
CONSTRUÇÃO
DO PROGRAMA DE PRÁTICAS DA CULTURA DE PAZ PELA PROMOÇÃO DE SAÚDE DO SERVIDOR E
DA SERVIDORA DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO GRANDE DO SUL –
PROGRAMA DE CULTURA DE PAZ E SAÚDE-FASE/RS.
IV. METODOLOGIA
4.1 Marcos Referenciais para
Elaboração do Programa Cultura de Paz e Saúde -FASE/RS:
a) Reunião sobre Central de Práticas Restaurativas, no dia 18 de
janeiro de 2012, cuja pauta foi sobre a implantação da Cultura de Paz na
FASE/RS, tendo como encaminhamentos:
➢
Solicitar
à Presidente da FASE que apresente ao grupo a ideia sobre o trabalho a ser
realizado;
➢
Sugerir
a constituição de um grupo de trabalho;
➢
Sugerir
a realização de um Seminário Aberto da FASE;
➢
Apresentar
as ideias do grupo à Presidente da FASE e entregar a Ata desta reunião com as propostas construídas até o presente,
ficando Sandrali de Campos Bueno e Marina Ferreira designadas para tal. (Cópia da ata da reunião, em ANEXO 1).
b) Reunião no dia 24 de janeiro de 2012 para apresentação ao grupo da
ideia da Presidente da FASE/RS sobre o trabalho a ser realizado. Os
encaminhamentos foram:
➢
Elaborar
um cronograma de reuniões para estudo, discussão e elaboração do Programa de
Cultura de Paz;
➢
Definição
do Grupo de Trabalho, sendo algumas pessoas por adesão e outras por indicação
da Presidente. (Transcrição do esboço
apresentado pela Presidente da FASE/RS e cópia da lista de presença, em ANEXO
2).
c) Participação no Seminário
Internacional Saúde do Servidor: Organização do Trabalho e Qualidade de Vida,
realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 19 e 20 de abril de
2012, que contribuiu na definição do referencial teórico-prático do Programa da
Cultura de Paz na FASE. (Cópia da
programação do seminário, em ANEXO 3).
Participantes: Diná P. Greco
Soares, Lizelda P. Cassales, Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno.
d) Indicação da servidora
Sandrali de Campos Bueno para representar a FASE/RS no Fórum Consultivo do
Programa de Valorização e Atenção à Saúde Física e Mental dos Servidores
Públicos do Estado do Rio Grande do Sul. (Cópia do Decreto Nº 48.898, 06 de
março de 2012. D.O e cópia do ofício nº 017/2012GAB/SARH, 26 de abril de 2012,
em ANEXO 4).
e) Apresentação da pesquisa Distúrbios Psíquicos Menores em
Agentes Sócio-educadores dos Centros de Atendimento Socioeducativo do Rio
Grande do Sul - Ms. Patrícia Bitencourt Toscani
Greco, da Universidade Federal de Santa Maria no auditório da sede da FASE, em 15 de maio de 2012, promovido pelo
GT da Cultura de Paz. (Resumo da pesquisa, cópia da lista de presença e fotos,
em ANEXO 5).
f) Seminário Escuta na
Clínica de Psicodinâmica do Trabalho, no Instituto Pichon-Rivière, no dia 24 de
maio de 2012.
Participantes: Diná P. Greco
Soares, Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno.
g) Reunião com a direção e
técnicos da Escola de Gestão Pública do Município de Porto Alegre, no dia 12 de
junho de 2012, para buscar subsídios sobre o Programa de Preparação para
Aposentadoria – PPA, que resultou na elaboração do anteprojeto do programa para
os servidores da FASE/RS. (Foto, ANEXO 6).
Participantes: Loiva T. Losso
e estagiária de Psicologia Josiane Barbosa.
h) Participação no Seminário Estadual
sobre Prevenção de Uso de Drogas, na Assembleia Legislativa, no dia 26 de junho
de 2012.
Participantes: Diná P. Greco
Soares, Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno.
i) Participação no Seminário
Assédio Moral: Ética, Saúde e Aspectos Legais, realizado pelo Governo do
Estado, em 17 e 18 de setembro de 2012, reforçou a necessidade de
aprofundamento e pesquisa sobre o tema, tendo como eixo a solicitação da
Presidente de que fosse incluído, o Programa de Prevenção ao Assédio Moral, no
Programa da Cultura de Paz. (Programação em ANEXO 7).
Participantes: Diná P. Greco
Soares[2],
Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno.
j) Participação no Curso
Emergências e Urgências: possibilidades de intervenção psicológica, promovido
pela Faculdade de Psicologia da PUCRS, de 03 a 09 de julho de 2012.
(Programação em ANEXO 8).
Participantes: Diná P. Greco Soares e Sandrali C. Bueno.
k) Debate sobre os seis anos da Lei Maria da Penha, na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, no
dia 10 de agosto de 2012. (Fotos, em ANEXO 9).
Participantes: Diná P. Greco
Soares, Lizelda Cassales e Marlene B. Ramos.
l) Curso de
Especialização em Saúde do Trabalhador, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Instituto de Psicologia/Curso de Serviço Social. Abril/2011 a
Dezembro/2012.
Participante: Diná Prytula
Greco Soares.
m) Curso de Capacitação para Gestores Públicos:
Políticas de Acessibilidade e Direitos Humanos. FADERS. 240horas, de 09/07/2012
a 07/07/12/2012.
Participantes: Sandrali de Campos Bueno.
n) Curso de Prevenção do Uso
de Álcool e outras Drogas no Ambiente de Trabalho, http://trabalho.senad.gov.br/ . Organizado pela Universidade
Federal de Santa Catarina. 2012.
Participante: Marlene
B. Ramos.
o) Curso de Facilitadores em Círculos de
Justiça Restaurativa e Construção de Paz. Ministrado por Kay Pranis. 23 a 26 de
outubro de 2012.
Participante: Lizelda Cassales.
p) Trabalho de Conclusão do Curso de
Especialização em Saúde do Trabalhador pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul – Programa de Prevenção ao Assédio Moral em Instituição de Atendimento
Sócio-Educativo do Estado do Rio Grande do Sul. 2012. (Entregue em dezembro de
2012)[3]
4.2 Construção do Programa Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS:
4.2.1 Concepção
Metodológica utilizada na Construção do Programa
A concepção deste Programa
baseia-se nos pressupostos que norteiam o MOVIMENTO PELA PAZ MUNDIAL, ou seja,
o compromisso na vida diária, na família, no trabalho, na comunidade, na região
e no país de: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para
compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade. A partir daí, entende-se que
construir práticas da cultura de paz, na FASE/RS, significa promover a saúde
dos servidores.
O protagonismo dos
servidores, bem como a adesão dos gestores , é fundamental para construir novos
paradigmas baseados em valores, atitudes, comportamentos e estilos de vida
capazes de promover novas possibilidades de mediar relações, conflitos e de
prevenir eventos desestabilizadores, principalmente nas questões relativas ao
sofrimento físico e psíquico relacionados ao tipo de trabalho desenvolvido
nesta Fundação.
A mudança de cultura exige um tempo
e disponibilidade afetiva e efetiva de todos envolvidos no processo, pois, como
refere Dejours, “a transformação passa pela mobilização da capacidade de análise
dos sujeitos sobre suas relações com a organização do trabalho” (p.84)[4]
. Portanto, diante das diversas possibilidades de intervenção, o GT identificou
que o caminho para atingir os objetivos da Cultura de Paz na instituição depende do empenho dos gestores em
favorecer a construção coletiva a partir da analise da relação subjetiva ao
trabalho.
A constatação de lacunas na
organização e na dinâmica das relações de trabalho foi determinante para a
utilização de estratégias metodológicas utilizadas de acordo com o princípio da
participação e da reflexão dos sujeitos em relação à tarefa, isto é, a cada
reunião, discussão, atividade, participação em cursos e/ou seminários foram
sendo acumuladas contribuições para a elaboração deste Programa. Esta postura
fez com que o processo, por si só, produzisse uma dinâmica de debate contínuo
na busca do conhecimento por parte do GT, refletida desde a escolha do nome do
Programa, perpassando por todas as ações desenvolvidas.
4.2.2 Ações Desenvolvidas
4.2.2.1 Reuniões:
a) Reuniões semanais de
estudo, discussão e construção dos princípios, diretrizes e metodologia do Programa.
b) Reuniões com a Presidente
da FASE, visando o acompanhamento das ações através de relatórios parciais e
mostra de material elaborado pelo GT. (Documento
referência, em ANEXO 10).
c) Reuniões com o assessor de
comunicação social da FASE para discutir e definir a diagramação, comunicação
visual e divulgação do Programa.
d) Reunião com a diretora da
Diretoria de Qualificação Profissional e Cidadania – DQPC, visando alinhar as
atividades da Diretoria com as ações da Cultura
de Paz.
e) Reunião com a diretora da
Diretoria Sócio-Educativa – DSE, para apresentação da metodologia do Programa e
coleta de sugestões.
f) Reunião com o diretor da
Diretoria Administrativa – DA, para conhecimento e discussão do Programa.
g) Reuniões com a
coordenadora de Saúde e Relações do Trabalho – CSRT, visando a delimitação das
atividades do setor, cronograma e as demandas entendidas como ações da Cultura de Paz. (Comunicações Internas - CI's
em ANEXO 11).
h) Reuniões com a
coordenadora de Formação Permanente – CFP, visando a inserção do Programa no
Planejamento Estratégico da FASE/RS.
i) Reuniões com chefe do
Núcleo de Informática para a inclusão do link cultura de paz no site da
FASE/RS, bem como a criação do endereço eletrônico “cultura de paz” e outras
providências.
j) Reuniões com a Central de
Projetos para ciência do Programa e auxiliar na formatação do mesmo.
k) Participação na reunião de avaliação sobre rebelião no CASE POA II e
elaboração do plano de contingencia e retomada das rotinas institucionais da
unidade, na sala da presidência da FASE/RS,
no dia 29 de maio de 2012.
l) Reunião com representantes da Igreja Batista, nos dias 06 e 19 de
junho de 2012 para tratar sobre parceria com a FASE/RS.
m) Reunião com presidência da FASE/RS
para
elaboração do plano de ação para CASE Caxias do Sul em 20 de junho de 2012.
n) Reunião com o Núcleo de Treinamento Estágio e Avaliação de
Desempenho – NTEAD, com a Central de Projetos - CP e com a Assessoria de
Informação e Gestão - AIG, no dia 25 de junho de 2012 para apreciação e
avaliação da proposta da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (www.amigosdozppy.org.br), apresentada à FASE/RS.
o) Reunião com assessor da DA, com
chefe do Serviço de Saúde do Trabalhador – SEST, assessora da DQPC e
membros do GT Cultura de Paz, no dia 01 de agosto de 2012, para organizar a
reabertura do “espaço do servidor” na
antiga lanchonete, na sede da FASE/RS. (Fotos,
em ANEXO 12).
p) Reunião com o NTEAD, no dia 11 de setembro de 2012, para planejar a
apresentação do Programa na abertura do
curso para chefes de equipe.
q) Reunião com a Presidente da Fase, no dia 14 de novembro de 2012 para
apresentar a proposta da Campanha de Divulgação do Programa Cultura de Paz e
Saúde-FASE/RS.
r) Reunião com diretores de unidades de Porto Alegre e Novo Hamburgo,
na DQPC, no dia 26 de novembro sobre a Campanha de Divulgação do Programa
Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS. (Lista de presença, em ANEXO 13).
s) Reunião com a Presidente, no dia 21 de janeiro de 2013, para tratativas
da Cultura de Paz na FASE/RS, onde foram apresentados os resultados da
campanha.
4.2.2.2 Atividades:
a) Pesquisa de material bibliográfico, documentos e textos .
b) Sistematização inicial do conteúdo teórico-prático do Programa,
através da escrita e transcrição para slides.
(Documento, em ANEXO 14).
c) Embelezamento do espaço (criação do jardim)
no local se atendimento técnico (SEST e NAPTR) aos servidores em Porto Alegre.
(Fotos, em ANEXO 15).
d) Criação da logomarca e ícones do Programa. (ANEXO 16).
e) Elaboração do material audiovisual para divulgação e apresentação do
programa.
f) Encaminhamentos para
confecção do “banner” do Programa e aquisição do lírio da paz.
h) Elaboração de texto
informativo para colocar no link cultura da paz. ( ANEXO 17).
i) Monitoramento de mensagens
do endereço eletrônico.
j) Revisão da metodologia de elaboração
de programas e projetos.
k) Anteprojeto de cultura de
paz[7]. (ANEXO 18).
l) Anteprojeto
Preparação para Aposentadoria para os Servidores da FASE/RS.
(ANEXO 19).
m) Preparação de material
áudio visual para apresentação no evento de inauguração do espaço do servidor.
n) Planejamento e execução
de atividade em parceira com a CSRT/SEST sobre
prevenção ao câncer de mama, nas Unidades de Porto Alegre e Sede Administrativa
da FASE/RS.[9] (Fotos e folder, em ANEXO 20).
a) Diretoria, coordenações, núcleos e serviços da DQPC, no dia 26 de
abril de 2012, Responsáveis: Dina P.
Greco Soares, Lizelda P. Cassales, Loiva T. Losso, Marlene B. Ramos e Sandrali
C. Bueno.
b) Encontro de Diretores nº 04/2012, em Uruguaiana, no dia 07 de maio
de 2012. Responsáveis: Dina P. Greco Soares e Sandrali C. Bueno. (Programação e Fotos, em ANEXO 21).
c) CASE POAII, em Porto Alegre, café da manhã, no dia 20 de junho de
2012, em parceria com Igreja Batista (Adriana). Reflexão com a equipe.
Responsáveis: Eremita G. de Souza, Lizelda P. Cassales, Marlene B. Ramos.
d) 1º Encontro Regional sobre o Adolescente em Conflito com a Lei, no
Auditório do Ministério Publico, em Pelotas, no dia 03 de julho de 2012.
Responsável: Sandrali C. Bueno. (Cópia da programação, em ANEXO 22).
e) Sede, em Porto Alegre, na atividade promovida pela CFP - Prata
da Casa, no dia 27 de julho de 2012. Discussão em grupo. Responsáveis:
Dina P. Greco Soares, Marlene B. Ramos e
Sandrali C. Bueno. (Fotos, em ANEXO 23).
f) CASE POA I, em Porto Alegre, no dia 30 de agosto de 2012.
Responsáveis: Lizelda P. Cassales,
Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno. (Fotos, em ANEXO 24).
g) Sede, no espaço do servidor, no dia 08 de agosto de 2012.
Responsáveis: Eremita G. de Souza, Lizelda P. Cassales, Marlene B. Ramos, Dina
P. Greco Soares e Loiva T. Losso. (Fotos, em ANEXO 25).
h) CASE PELOTAS, na unidade, em dezembro de 2012. Responsável: Sandrali
C. Bueno.
4.2.2.4
Quadro descritivo das apresentações
Atividade
|
Descrição
|
Contribuições
|
Variáveis e Indicadores
|
Responsáveis
|
Apresentação
do Programa na Diretoria de Qualificação Profissional e Cidadania, no dia
26 de abril de 2012, na sede.
|
Publico alvo:
Diretora, coordenadores, chefes de núcleo e
demais servidores da DQPC.
Atividade de sensibilização: música, Um
homem também chora (Guerreiro Menino), Gonzaguinha.
Apresentação do Programa em slides.
|
Buscar parcerias com outras fundações, com
SEMAPI, com AFUFE, com Associação em Defesa do Morro Sta. Tereza, com
Universidades.
Organizar lista de servidores que querem
aderir ao Programa.
Criar um email da cultura de paz.
Criar um jornal.
Criar formas de divulgação das atividades.
Grupo de trabalho com os servidores aposentados.
Criar o conselho de ex-servidores.
Propor ações de valorização.
Questões das relações de trabalho.
Olhar ao outro (resgatar).
Instalação
de caixas de sugestões.
Mapear o que cada casa tem de praticas positivas.
Ações para diminuir o desperdício de material.
Lixo seco. Educação ambiental.
|
A empatia como método de trabalho.
O compartilhamento do sentimento prazeroso
causado pelo estudo e aprofundamento das possibilidades inerentes ao
processo de elaboração de uma proposta de mudança de cultura.
A construção coletiva considerada como um
valor.
A confirmação da estratégica metodológica na
construção do Programa.
A revisão de conceitos, conteúdos e
aprimoramento da formatação da apresentação em slides.
O relato da vivencia do cotidiano institucional
como indicadores na proposição de ações.
O sentimento de invisibilidade do servidor.
|
Dina P. Greco Soares,
Lizelda P. Cassales, Loiva T. Losso, Marlene B. Ramos e Sandrali C. Bueno.
|
Encontro de Diretores nº 04/2012, em
Uruguaiana, no dia 07 de maio de 2012.
|
Público alvo: Diretoria Geral, Diretores das unidades.
Fala da Presidente da FASE abordando o tema Cultura de Paz na FASE
e apontamento sobre o Programa de Prevenção do Assédio Moral.
Lançamento dos símbolos do Programa: banner e lírio da paz, que
deverão ser colocados na recepção de todas unidades.
Distribuição de camisetas com a logomarca do
Programa, por iniciativa da diretora da DQPC.
Breve histórico do processo de construção do Programa.
Vídeo motivacional com música: Um homem também chora (Guerreiro
Menino), Gonzaguinha e Sonhar, Maria Bethania.
Apresentação do Programa em slides.
|
Ações da gestão no sentido de valorização dos
servidores através de atos e atividades, como homenagens, entrega de spin comemorativo.
Assumir o Programa como uma política da
gestão.
Realizar um seminário.
Caminhada pela Paz.
Envolver as famílias dos adolescentes, através de parceria com as
pessoas que desenvolvem atividades de caráter voluntario.
Confecção de camisetas com a logomarca do Programa.
Cada servidor lotado na DQPC adotar
(apadrinhar) um adolescente internado nas unidades da FASE/RS.
Adesão ao Programa através das parcerias com
lideranças da comunidade.
Envolver todos os servidores através de reuniões em pequenos grupos.
|
Revisão da Resolução 002/2009 que normatiza o
Programa de Prevenção ao Assedio Moral.
Monitoramento das atividades e controle das
iniciativas no sentido de manter os princípios metodológicos do Programa e
as deliberações do GT Cultura da Paz.
Necessidade de
compatibilização do material áudio visual (Data show) específico
para apresentação do Programa.
Previsão de projeto de captação de recursos
financeiros.
Qualificação dos
procedimentos e estratégias de gestão /ações a serem executadas pelo GT
Cultura de Paz.
Deliberação sobre o procedimento quanto à
aquisição de banner e dos lírios para as demais unidades.
Discussão sobre a Central de Práticas de
Cultura de Paz e Saúde.
Estabelecimento de cronograma de apresentações
e consolidação do Programa.
Definição de data apresentação para o
secretário da SJDH e para Judiciário, para sede e representante de cada
CASE; SEMAPI e AFUFE, em cada CASE. Realização de um Seminário.
Necessidade de estabelecer quais os critérios
e formato da Campanha de Divulgação do Programa
Estratégias de mobilização como: Concurso
numa escola de modas para escolha do estilo do jaleco com Logotipo do Programa;
Concurso literário;
Concurso de fotografia e Memorial da FASE/RS.
Criação de conta da Cultura de Paz.
Criação do “Selo da Cultura de Paz” da
FASE/RS.
Orçamento do Programa/projeto.
Necessidade de
afirmação da atribuição do GT junto às
Diretorias e definição das atribuições de cada componente do grupo.
A apresentação do
programa em slides precisa ser apropriada por todo GT e revisada.
|
Dina P. Greco Soares e Sandrali C. Bueno.
|
CASE
POA II, em Porto Alegre, no dia 20 de junho de 2012.
|
Público alvo:
Servidores do CASE.
A atividade foi proposta pela Presidente da
FASE em parceria com o grupo de voluntários da Igreja Batista. Momento de
espiritualidade realizado pelos reverendos, onde foi pregado amor ao
próximo. Fala da Presidente da FASE/RS. Após, no local onde ocorreu o café
da manhã, foi dado ao conhecimento o Programa de Cultura de Paz, aos
servidores presentes, através de exposição verbal onde foram colocados os
objetivos e a forma de adesão ao Programa.
|
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O
estudo dos pressupostos teóricos da
cultura de paz na FASE/RS deve ser aprofundado em compatibilidade com as
teorias e abordagens técnico-científicas do ambiente institucional.
Convidar o grupo do “manifesto” para um momento de escuta.
Motivar o comprometimento do grupo na busca de
ações que possam contribuir para resoluções dos problemas elencados.
A atenção à questão da diversidade religiosa,
considerando que a cultura de paz tem o caráter da universalidade.
O Programa de Cultura de Paz na FASE/RS está para
alem da religiosidade, preocupando-se com a saúde, bem estar e harmonia dos
trabalhadores, assim como dos adolescentes.
Valores da cultura
de paz
são universais e estão baseados na Carta da Assembleia da ONU, 2000
conforme já referenciado neste Programa.
O Programa de Cultura de Paz tem um objetivo
maior que extrapola a resolução de crises de forma impulsiva.
A relação de poder instituído não pode ser determinante
para as ações da Cultura de Paz.
|
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1º Encontro
Regional sobre o Adolescente em Conflito com a Lei, no Auditório do
Ministério Publico, em Pelotas, no dia 03 de julho de 2012.
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Público alvo:
servidores do CASE, adolescentes e convidados: escola, conselheiros
tutelares, aberto à comunidade.
A apresentação teve
outra configuração devido o evento ser realizado com a presença de outras entidades da região.
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O Programa deve ser inicialmente apropriado
pelos servidores da FASE/RS, pois a apresentação da proposta é uma
estratégia metodológica na construção do Programa.
Adequação das apresentações conforme a demanda,
respeitando as
características de cada CASE.
Execução de uma apresentação compacta para público externo.
Inclusão dos projetos
que estão sendo realizados, junto aos adolescentes, como cultivo de plantas
aromáticas, reciclagem.
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Sandrali C. Bueno.
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Sede, em Porto Alegre,
na atividade promovida pela CFP - Prata da Casa, no dia 27 de
julho de 2012.
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Publico alvo:
servidores que trabalham na sede e
representantes das unidades de Porto Alegre.
A apresentação foi substituída por uma
discussão sobre o tema devido a não adesão dos servidores ao convite da CFP
e GT Cultura de Paz e Saúde.
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Elaborar uma estratégia diferenciada de divulgação.
Aprimorar o fluxo de comunicação.
Que os espaços de
discussão das demandas da instituição sejam de fato participativo e que
haja definição da proposta da gestão.
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Avaliação do compromisso dos diretores e
chefias com o Programa,
Estudo de novas estratégias de mobilização.
Estratégias para lidar com a frustração
diante de uma atividade não realizada de acordo com o planejado.
Trazer para sede não dá
resultado que esperamos.
Criar um vídeo sobre o Programa.
Circularidade de papéis dos componentes do
GT.
Criatividade como ferramenta do GT.
Troca de experiência como reforço
qualificado no processo de construção do Programa.
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Dina
P. Greco Soares, Marlene B. Ramos e
Sandrali C. Bueno
|
Sede, no espaço do servidor, no dia 08 de agosto de 2012.
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Publico alvo:
servidores que trabalham na sede e demais unidades.
Apresentação de
material audiovisual elaborado pelo GT visando apresentar os valores da
cultura de paz e as atividades realizadas em parceria com SEST e NPRT.
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Mapeamento das dificuldades na
realização da atividade.
Necessidade de qualificar o fluxo de intervenções.
Necessidade de
discussão sobre atuação dos técnicos
nas instituições de atendimento
socioeducativo.
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Eremita G. de Souza, Lizelda P. Cassales, Marlene B. Ramos, Dina P.
Greco Soares e Loiva T. Losso
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CASE
POA I, em Porto Alegre, no dia 30 de agosto de 2012
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Público alvo:
direção e servidores do CASE POA I.
Esta atividade foi realizada após de
desestabilização da unidade (rebelião), e após constatação da necessidade
de proporcionar um espaço de escuta aos servidores e acolhimento de suas
demandas.
A atividade ocorreu nos turnos manhã e tarde.
Apresentação do Programa, escuta e discussão
sobre problemas/soluções para a unidade e a instituição.
Coffee-break nos dois turnos com os servidores
do CASE.
Músicas de sensibilização:
Guerreiro Menino, Sonhar, Imagine.
Apresentação de Vídeo: O Gladiador.
Apresentação do Programa em slides.
Discussão e reflexão
com os servidores.
|
Buscar uma união para construir esses espaços.
Aproximação da sede as unidades
Criar um espaço como o CER no Complexo da Vila
Cruzeiro.
Enquanto a FASE não tratar conflitos a partir
da realidade da unidade, não
soluciona o problema.
Falta de cuidado da
Fase.
Tempo que não é dado para dar conta da
demanda da unidade.
O servidor não consegue suportar mais, não pensar no outro, só olha quando o cara
despencou.
Necessidade de um Olhar ao servidor.
Valorização do servidor, trabalhar questões
ligadas ao estigma principalmente quanto à função de agente socioeducador.
Comunicação do micro para o macro;
Proporcionar momentos de reflexão e material,
grupos de escuta na unidade.
Promover encontros entre as unidades, trocas e
discussões de experiências e vivencias.
Respeitar e valorizar a cultura de cada unidade e
proporcionar a integração, construir uma unidade de trabalho.
Não adianta a sede saber como tratar.
Espaço para conversar hoje não tem melhorar o
convívio.
Cultura de paz vem ao encontro das
expectativas do servidor neste momento em que a demanda atropela a própria
vida e o servidor carece de uma atenção adequada, mais humana e respeitosa.
A paz começa em cada um de nós (diretor).
|
Resgatar ações e projetos que a unidade
desenvolveu ou desenvolve, como horta, reciclagem.
Os conflitos e crises institucionais são
previsíveis e, portanto, podem ser prevenidos14.
Necessidade de exercitar as práticas do Eixo
III- Práticas de Restauração e Concertação entre os componentes do GT.
Necessidade de delimitar a intervenção nas
unidades no que diz respeito aos momentos de discussão e reflexão (escuta
forte).
|
Lizelda P. Cassales, Marlene
B. Ramos e Sandrali C. Bueno
|
CASE PELOTAS, em dezembro de 2012.
|
Ida a Pelotas
para apresentar e discutir o programa, em resposta à deliberação da
Diretoria Geral da FASE/RS- DG, no sentido de discutir ações com os
servidores para resolução de conflitos.
Contato com a
unidade para agendar e organizar a atividade;
Parceria da
Escola para disponibilização de Data Show.
A atividade
foi substituída por uma discussão com alguns servidores, pois não houve
divulgação da atividade.
Discussão ocorreu na sala de descanso dos servidores, com a
presença da psicóloga, da técnica em educação, da enfermeira, sendo que os
agentes sócio-educadores se revezaram de acordo com o seu horário de
intervalo (15min).
|
Foi apontado
que o momento não sendo o mais indicado para se discutir cultura de paz
A relação da
sede com a unidade (desconfiança);
Verbalizações
de dificuldades já apontadas em outras situações, bem como insatisfações
com a forma como a sede tem tratado.
Sugestão que
a apresentação do Programa seja em março de 2013.
|
Transformar as demandas em processo.
Respeito pelo momento da Unidade.
Adesão ao Programa também depende de fatores
subjetivos.
Melhorar a comunicação entre gestores e
servidores.
|
Sandrali C. Bueno
|
|
4.2.2.5 Campanha de Divulgação do Programa Cultura de Paz e Saúde-
FASE/RS
a) Planejamento da Campanha de Divulgação do Programa Cultura de Paz e
Saúde- FASE/RS. Responsáveis: Marlene B. Ramos, Dina P. Greco Soares, Lizelda
P. Cassales e Sandrali C. Bueno. (Documento do planejamento e Comunicações
Internas - CI's, em ANEXO 26).
b) Elaboração, confecção, organização e remessa das peças para
lançamento da Campanha. Luis Francisco O da Silva, Sandrali C. Bueno, Lizelda
P. Cassales e Dina P. Greco Soares. (Material da Campanha e fotos, em ANEXO
27).
c) Relatório dos resultados da Campanha.
(Relatório, ata de retirada da caixa de sugestões da sede administrativa e
fotos, em ANEXO 28).
d) Entrega, para Presidente da FASE/RS, no dia 21 de janeiro de 2013,
do material contido nas caixas de
sugestões.
e) Relação dos nomes dos indicados como representantes das unidades e
setores para compor o grupo na próxima etapa do trabalho. (Relação, em ANEXO
29).
V. RESULTADO
5.1 O Programa:
Título: PROGRAMA DE PRÁTICAS DE
CONSTRUÇÃO DA CULTURA DE PAZ PELA PROMOÇÃO DE SAÚDE DO SERVIDOR E DA SERVIDORA
DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO GRANDE DO SUL- PROGRAMA
CULTURA DE PAZ E SAÚDE- FASE/RS. 15
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1.
Instituição Proponente: Fundação de
Atendimento Sócio Educativo do Rio Grande do Sul – FASE
1.2.
Responsável pela Instituição: Joelza
Andrade Mesquita
1.3.
Responsável pela Elaboração do
Programa: GT Cultura de Paz, nomeado através da Portaria 160/2012-Presidência,
de 19 de abril de 2012.
1.4.Nome do Programa:
Programa de Práticas de Construção da Cultura de Paz pela Promoção de Saúde do
Servidor e da Servidora da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio
Grande do Sul – Programa Cultura de Paz e Saúde- FASE/ RS.
2.
JUSTIFICATIVA
Considerando:
–
a Declaração e Programa de Ação sobre uma
Cultura de Paz- Resolução da Assembleia Geral da ONU 53/243, de setembro de
1999;
–
o Ano Internacional da Cultura de Paz, pela
Secretaria Geral das Nações Unidas Manifesto 2000;
–
o Ano 2002- Carta Terra: reconhecimento da
responsabilidade com o futuro da humanidade. Compromisso na vida diária, na
família, no trabalho, na comunidade, no país, na região: respeitar a vida;
rejeitar a violência; ser generoso; ouvir para compreender; preservar o
planeta; redescobrir a solidariedade.
–
a
missão da Fundação de Atendimento
Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul,
Entende-se que a realização de estudo,
elaboração e proposição do Programa de Cultura de Paz vem ao encontro da
necessidade de preenchimento de lacunas importantes na organização do trabalho,
na qualidade de vida e na promoção de saúde do servidor e da servidora desta
instituição.
3.
APRESENTAÇÃO
3.1
Configuração Conceitual
O Programa de Práticas de
Construção da Cultura de Paz pela Promoção de Saúde do Servidor e da Servidora
da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo - Programa Cultura de Paz e Saúde-
FASE/ RS apresenta a seguinte
configuração conceitual:
a)
constitui-se como um processo dinâmico a ser construído a partir da mobilização
e adesão dos gestores e servidores da
Fundação;
b)
tem como princípio a construção de ações que se configurem enquanto um conjunto
de valores, atitudes, comportamentos e subjetividades, baseados na crença de
que é possível a convivência pacifica em qualquer espaço;
c)
prevê a valorização do coletivo e do
reconhecimento de que a qualidade do trabalho depende da convivência
harmoniosa, da aceitação, do protagonismo, do respeito, da cooperação e da
solidariedade de cada um, de cada uma, de todos e de todas;
d)
tem como desafio encontrar meios de
reconstruir a cooperação, o diálogo e a escuta como elementos de referência
metodológica na organização do trabalho e na administração dos conflitos
inerentes à realidade cotidiana de quem está exposto a um
alto índice de agressividade física, psicológica, social, institucional
e ambiental;
e)
visa promover a saúde dos servidores e servidoras através de um substrato
metodológico que se desdobre em eixos
que contemplem a diversidade das
relações do trabalho e das subjetividades, a partir do lugar em que cada um e
cada uma está inserido;
f)
tem como meta a transformação da organização do trabalho e a qualidade de vida
dos servidores.
3.2
Princípios Norteadores
As diretrizes do Programa
Cultura de Paz e Saúde - FASE/RS são:
a)
A valorização dos direitos humanos, da justiça, do respeito e amor pelo outro,
da verdade da ética e da transparência nas ações de trabalho;
b)
A história e a organização da instituição enquanto elementos essenciais para
balizar as ações e projetos que comporão o Programa;
c)
O reconhecimento das histórias do servidor e da servidora como patrimônio
imaterial da Fundação;
d)
A transformação da organização das relações de trabalho se dá no coletivo;
e)
O conhecimento, a aprendizagem e a sistematização do aprendizado como elementos
impulsores da criação de programas e projetos;
f)
A valorização das capacidades e habilidades individuais para a construção
coletiva do Programa;
g)
A construção de novos paradigmas a partir da vivencia e do desejo dos
servidores;
h)
A cultura de paz pela promoção da saúde deve transcender a ação institucional;
i)
O cuidado com o ambiente como um bem de todos e de todas.
4.
OBJETIVOS
4.1
Objetivo
Geral
O Programa Cultura de Paz e Saúde - FASE/RS
tem por objetivo resgatar, articular e inovar as ações voltadas para a
valorização, promoção e qualificação do servidor e da servidora, tendo como
vetor a construção coletiva de novos paradigmas nas relações de trabalho e na promoção de saúde.
4.2
Objetivo
Específicos
a)
Divulgar o Programa entre gestores e servidores desde o inicio da construção do
mesmo, visando a ampliação e o fortalecimento da participação e do protagonismo
dos sujeitos do processo;
b) Definir e garantir, a regulamentação
do Programa Cultura da Paz e Saúde-FASE/RS, estabelecendo indicadores e metas
para a transformação da organização do trabalho e a promoção da qualidade de
vida dos servidores e servidoras, através de Resolução de sua Diretoria Geral –
DG;
c)
Promover o reconhecimento dos saberes, conhecimentos e habilidades dos
servidores e servidoras, através de um banco de ideias que sejam utilizadas
como definidores de práticas de cultura de paz;
d)
Fomentar a realização de formas de registro da história da Fundação, bem como
das histórias dos servidores e das servidoras, em sua relação com o trabalho,
visando a proteção e promoção do patrimônio imaterial da Fundação;
e)
Monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando a
transformação na organização do trabalho em prol da construção da cultura de
paz e a promoção da saúde do servidor e da servidora da Fundação;
f)
Mapear as ações já existentes e sistematizadas nas unidades e na sede da
Fundação e utilizá-las como indicadores na consolidação do Programa;
g)
Mapear os programas e projetos ofertados pela rede no Estado que possam ser
disponibilizados para a FASE/RS;
h)
Programar ações para melhoria do fluxo de comunicação na Fundação;
i)
Criar e qualificar espaços de escuta e de acolhimento de demandas inerentes à
execução da tarefa do sócio educar;
j)
Incluir o tema cultura de paz e promoção de saúde nos processos de formação
continuada dos trabalhadores da FASE/RS;
k)
Identificar, combater e prevenir situações de violência no ambiente de
trabalho;
l)
Definir a execução do Programa estabelecendo as competências das instâncias de
decisão da FASE/RS, através da sua Diretoria Geral.
5.
META
O Programa Cultura de Paz e Saúde-
FASE/RS tem como meta mobilizar gestores e gestoras, servidores e servidoras
para transformar as relações de trabalho, a partir do real no contexto
institucional, fortalecendo laços de confiança, criando redes de apoio e de
participação ativa e prazerosa, na organização do trabalho, na qualidade de
vida e na promoção de saúde.
6.
METODOLOGIA
6.1
Referenciais teórico-práticos
A metodologia utilizada na construção
do Programa Cultura de Paz e Saúde-
FASE/RS está fundamentada na teoria da psicodinâmica das relações do trabalho e
nos processos circulares, envolvendo os diversos atores e voltada à
qualificação e o estabelecimento de práticas baseadas nos valores da justiça,
da verdade e dos direitos humanos.
A concepção metodológica está
centrada na escuta, no diálogo, no protagonismo, no pertencimento e no
compartilhamento de experiências como instrumentos balizadores das ações e
projetos a serem desenvolvidos.
O Programa insere-se no item 3.2 do
Planejamento Estratégico da FASE, no sentido da valorização do quadro de
servidores.
6.2
Operacionalização
O Programa será apresentado a todos os
gestores e servidores da FASE/RS, bem como a outros organismos e segmentos parceiros , seguindo um
cronograma que pretende culminar em um seminário estadual.
A implantação do Programa
dar-se-á de acordo com a participação, adesão e comprometimento dos gestores e
servidores da Fundação.
A cada apresentação está previsto um
compartilhamento de ideias, sugestões, a serem inseridas nos eixos que integram
e definem as ações e projetos do Programa que integram a Central de Práticas de
Construção da Cultura de Paz e Saúde- FASE/RS.
A inserção em cada eixo esta
diretamente ligada ao protagonismo na realização de atividades que possam
proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos servidores, nas relações de
trabalho, no enfrentamento das situações de crise, ou seja, poder realizar
atividades que proporcione prazer, valorização e reconhecimento de que o seu
trabalho é importante e tem significado especial para si, para a fundação, para
a sociedade.
6.2.1
Eixos da Central de Práticas de Construção da Cultura de Paz e Saúde- FASE/RS.
Eixo
I - Práticas de Aprendizagem e Sistematização do Aprendizado
Constitui em práticas voltadas à
produção do conhecimento teórico e prático tais como: Pesquisas, diagnósticos,
estudos, palestras, seminários, conferências, grupos de estudos, mapeamento de
práticas que já foram feitas, mapeamento de práticas inovadoras.
Eixo
II- Práticas de Prevenção e de Sustentabilidade
Constitui em práticas voltadas à
prevenção e ao desenvolvimento de ações sustentáveis voltadas
à promoção de saúde, à qualidade
de vida dos servidores, ao respeito e valorização dos servidores, à
solidariedade, à preservação do meio-ambiente tais como: Programa de preparação
para Aposentadoria, Prevenção ao Assedio Moral, espaços de escuta, ações de
valorização, preservação de vínculos, homenagens, festividades, cuidados ao
Outro, criação de comitês, parcerias com associações e outras organismos.
Eixo III- Práticas de Restauração e
Concertação
Constitui em práticas que
envolvem a comunicação não violenta, a circularidade nas relações, a busca de
consensos, a mediação de conflitos tais como: restauração de relações, espaços
de acolhimento, práticas de concertação, práticas restauradoras, praticas
reabilitadoras, praticas elaborativas, praticas de harmonização.
6.2.
2 Atividades
a)
Criação de Campanha de Divulgação do Programa Cultura de Paz e Saúde-FASE/RS.
b)
Criação da Central de Práticas de Cultura de Paz e Promoção de Saúde- FASE/RS
constituída por três eixos que abrigarão as ações e os projetos que comporão o
Programa.
c)
Criação do Observatório de Práticas de Construção da Cultura de Paz e Promoção de
Saúde- FASE/RS visando analise, monitoramento e avaliação do impacto da
implantação deste Programa.
d) Normatização do Programa Cultura de Paz e
Saúde- FASE/RS.
e)
Planejamento, criação e programação de ações voltadas para a valorização,
fortalecimento e promoção da cultura de paz.
7.
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
O Programa será monitorado,
analisado e avaliado pelo Observatório de Práticas de Construção da Cultura de
Paz e Promoção de Saúde- FASE/RS.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Levando em conta o objetivo deste relatório de
apresentar a proposta construída pelo grupo de trabalho – GT Cultura de Paz,
através da descrição do processo que envolveu o estudo, a elaboração e a
proposição do PROGRAMA DE CULTURA DE PAZ E SAÚDE DA FASE/RS, tecemos as
seguintes considerações:
➢
o estudo foi o vetor que nos conduziu ao
aprofundamento dos princípios metodológicos que fundamentaram a elaboração da
proposta, embora houvesse a necessidade de uma supervisão qualificada no que
diz respeito ao acompanhamento da evolução do processo;
➢
a elaboração do Programa vislumbrou um leque de
possibilidades capazes de transformar a organização do trabalho em novas formas de mediar relações, conflitos e
de prevenir eventos desestabilizadores, entretanto a concretude dessas
possibilidades exige uma mudança na forma de lidar com a tarefa de sócio-educar
e de estabelecer as prioridades do cotidiano institucional. A execução
dependerá do planejamento de metas a médio e a longo prazo e da criação da
gestão de estratégias, com apoio logístico necessário para execução de ações
que consolidem a construção da cultura de paz;
➢
a descrição das ações desenvolvidas na construção
do Programa não contempla toda produção
do GT, mas sintetiza o resultado da metodologia utilizada.
Ao final de
nove meses de elaboração, dentro das
limitações, potencialidades e dificuldades, inerentes ao cotidiano
institucional, o GT Cultura de Paz, concluiu sua tarefa , com êxito e com a
convicção de ter consolidado sua
contribuição na construção da cultura de paz na Fundação de Atendimento
Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul.
Por fim, após apresentar este relato
técnico, o mais fidedigno possível de uma construção que, na verdade, estaria
solidificando a base de um processo de transformação da cultura institucional,
avaliamos que seria importante deixar registrado, também, a “paixão” pelo tema
- o que fez toda diferença durante o
período de estudo, elaboração e proposição desse PROGRAMA.
Como
diria Hegel, “nada existe de grandioso sem
paixão” e a “paixão” (termo que melhor define o entusiasmo vivenciado pelo grupo) foi a
mola propulsora capaz de reacender a esperança e a crença de que as
contribuições, tanto individuais, quanto grupais, poderiam favorecer relações
profissionais mais saudáveis e consequentemente, com menos acometimento de doenças, tanto
físicas quanto psíquicas aos servidores da FASE/RS.
Assim,
não podemos terminar este relatório sem falar de flores, de jardins, mesmo que
pequenos, de espaços de trabalho limpos e cuidados, de preocupação com o colega
que está ao nosso lado, ou que não veio
trabalhar hoje, ou porque está doente, ou por algum familiar que não esteja bem,
ou mesmo por tantos quantos motivos sejam capazes de abarcar a complexidade da
nossa existência, tão humana e vulnerável, que por vezes, num abraço, é capaz
de se recompor, ou por sua falta, se perder.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS17
BENDASSOLI, Pedro F. 7& SOBOLL, Lis Andréa, org. Clínicas do
Trabalho. .ed. - 2. reimpr. -São Paulo: Atlas, 2011.
BOYES-WATSON,
Carolyn & PRANYS, Kay. No Coração da Esperança: guia de práticas
circulares. Porto Alegre: Escola Superior da Magistratura da
AJURIS,2011.
CENCI, Mara Bosetto. Depressão e
Contexto de Trabalho. Canoas: Alethea19, jan./jun.2004, p.57-68.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências
Técnicas para Atuação de Psicólogos no âmbito das Medidas Socioeducativas em
Unidades de Internação. Brasilia: CFP, 2010.
DEJOURS, Christophe. Psicodinâmica do
Trabalho, contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer,
sofrimento e trabalho. 1.ed. - 12.reimpr. -São Paulo: Atlas, 2011.
FORMULÁRIO EXPRESSO DE PROJETOS
ESTRATÉGICOS. Formulário para formatação dos dados e das informações.
Estado do Rio Grande do Sul. Rede de Monitoramento de Projetos Estratégicos,
Departamento de Projetos Estratégicos –SPLAC/SGG. Gestão 2010-2014.
LIZ, Joice Farina. Os PPAs- Programas
de Preparação para Aposentadoria: um cuidado à saúde do trabalhador. Trabalho
de Conclusão do Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador. Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul/Faculdade de Serviço Social: Porto
Alegre, 2010.
MAGALHÃES, Mauro de Oliveira(org.). Padrões
de Ajustamento na Aposentadoria. Canoas: Alethea19, jan./jun.2004, p.57-68.
MUNIZ, Programa de Preparação para o
Amanhã. Trabalho realizado sob orientação do prof. Paulo Fernandes de
Oliveira (Departamento de Psicologia da UFRN). Estudos de
Psicologia1996,2(1),198-204.
Organização das
Nações Unidas - ONU. Declaração e
Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz. 53/243. 107ª sessão plenária. 13
de setembro de 1999.
Organização das Nações Unidas – ONU.
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas. Lançamento
da CARTA DA TERRA. 2000/2002.
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal.
Secretaria Municipal de Administração. Portfolio de Cursos
da Escola de Gestão Pública.1ª ed. - Porto Alegre:Prefeitura
Municipal/Escola de Gestão Pública,2011.
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Secretaria
Municipal de Administração. Revista EGP, ano 1 n.1 v.1.- Porto Alegre: Prefeitura Municipal/ Escola de Gestão
Pública,2010.
PRANYS, Kay. Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção da
Paz: guia facilitador. Porto Alegre: Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul, Departamento de Artes Gráficas, 2011.
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. CONSELHO NACIONAL DOS
DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo-SINASE . Brasília: Distrito Federal, CONANDA, 2006.
SOARES, Dina Prytula Greco. Programa
de Prevenção ao Assédio Moral em Instituição de Atendimento Sócio-Educativo do
Estado do Rio Grande do Sul. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
/Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador- Porto Alegre. 2012.
UNESCO.
Manifesto 2000 (Cultura da paz). Fonte: DHNET. Disponível em http://www.dhnet.org.br/direitos/bibpaz/textos/m2000.htm.